Introdução
O prsesente artigo tem como idéia principal abordar a história da juventude moçambicana em geral, e em particular o papel da juventude no desenvolvimento da económico da Cidade de Maputo entre os anos (1987-2015). Vou abordar esse assunto numa vertente comparativa, na medida em que a pesquisa vai basear-se em pessoas de diferentes gerações como forma de entender as dinâmicas existentes nas diversas fase da história da juventude.
A história da juventude em Moçambique pode ser vista de ângulos diferentes, o factor económico desempenha um papel fundametal, pois é atravês deste factor que se consegue estabelecer-se socialmente, e a juventude é que mais sofre com os transtornos que a falta de poder económico causa.
A África tem a população mais jovem do mundo, com mais de 400 milhões de jovens com idades entre 15 e 35 anos. Essa população jovem clama por modelos de desenvolvimento democrático e sócio-económico. A juventude em Moçambique constitui a maior parte da população, sendo também a camada que mais sofre com os problemas económicos, sociais e outros. Um dos grandes desafios da juventude preende-se com o desemprego generalizado nas grandes cidades moçambicanas.
O rápido crecismento populacional que as grandes cidades enfrentam coloca um desafio grande na questão do acesso a um emprego formal, por parte dos jovens que habitam nas cidades, acabando por abrir espaço para o emprego informal. Em Moçambque apesar da população ser mariortariamente constituída por jovens, estes enfrentam grandes dificuldades em contribuir para o desenvolvimento económico da cidade de Maputo. Desde modo me proponho a análisar o papel da juventude no desenvolvimento económico na cidade de Maputo.
As maiores taxas de desemprego em Moçambique estão concentradas nas grandes cidades, são estas mesmas cidades que concentram jovens com nívies de educação superior, embora com formação suprior os jovens passam por dificuldades para obter um emprego, e contribuir para o seu cresimento e desenvolvimento.
Problematica
O alcance da independência em Moçambique trouxe novos desafios para os jovens moçambicanos, a Constituição da República de Moçambique, no artigo 123, estabelece a juventude, como digna continuadora das tradições patrióticas do povo moçambicano, constitui a força renovadora da sociedade, sendo nesta perspectiva que a Política do Estado visa o desenvolvimento harmonioso da personalidade dos jovens, a produção do gosto pela livre criação, o sentido de prestação de serviços à Comunidade, com enfoque no distrito, como base para a dinamização do combate à pobreza.
A juventude digna, continuadora das tradições patrióticas do povo moçambicano, desempenhou um papel decisivo na luta de libertação nacional e pela democracia e constitui força renovadora da sociedade 1
Olhando para esse artigo da Constituição da República, é possível notar que a juventude é tida como o garante do futuro, mas diferentemente do que acontece na realidade a juventude assume o papel secundário, tem sido essa juventude que enfrenta diversas dificuldades como a falta de emprego, falta de oportunidades e sendo esta camada a que constitui maior parte da população moçambicana, surge a seguinte questão: Como os Jovens te contribuido para o desenvolvimento económico na Cidade de Maputo e em Moçambique?
Objectivos
Objectivo Geral
- Compreender a História da Juventude Moçambicana
Objectivos Específicos
- Analisar a participação da Juventude no desenvolvimento económico da Cidade de Maputo (1987-2015)
- Avaliar o papel da Juventude para o desenvolvimento económico da Cidade de Maputo (1987-2015)
Metodologia
O presente trabalho obedeceu 3 fases distintas
- A primeira fase obedeceu a pesquisa Bibliografica
- A segunda foi a fase das entrevistas
- E a última fase que foi da compilação dos resultados
Contextualização
A História de Moçambique é fortemente marcada pela presença da juventude nas suas mais diversas fases, desde os tempos colonias, a força de trabalho era constituida maioritariarmente pelas camadas mais jovens, os movimentos proto-nacionalistas moçambicanos foram também dirigidos por jovens. Os acontecimentos dos pós II Guerra Mundial marcaram uma nova etapa no jovens africanos, em Moçambique surguriam algumas associações como o Movimento dos Jovens Democratas moçambicanos, cujo objectivo era fazer uma intensa propaganda contra o Estado Novo, através da distribuição de panfletos de propaganda política clandestina. A liderança do MJDM era constituída por Sobral de Campos (antigo consultor jurídico da Confede ração Geral de Trabalho e de outros organismos operários portugueses, radicado em Moçambique), Sofia Pomba Guerra, e Raposo Beirão (advogado). João Mendes, Ricardo Rangel (fotógrafo) e Noémia de Sousa (poetisa) faziam também parte do movimento que pretendeu:
“combater as grandes injustiças sociais de que estavam a ser vítimas os trabalhadores por parte dos patrões ..(e)… promover a unidadede todos os africanos…” 2
No entanto, vigiado pela polícia e limitado pelas divisões raciais impostas ao movimento associativo, o MDJM não podia ter um impacto fora do seu núcleo fundador. Em 1948-1949, o regime reprimiu o Movimento, através de processos de julgamento dos seus líderes. Foi neste ambiente, de perspectivas que foram encorajadas inicial mente pela luta anti-fascista e anti-colonial internacional e, depois, confrontadas pela retomada rigidez do colonialismo na África Austral, que funcionaram as Associações mais velhas. O Centro Associativo dos Negros de Lourenço Marques, as Associações Africanas de Lourenço Marques e de Quelimane e o Núcleo Negrófilo de Manica e Sofala constituíram parte do aparelho legal através do qual o regime colonial pretendeu enquadrar as aspirações culturais e políticas da pequena burguesia, dos vários grupos raciais. Um outro movimento juvenil que merece destaque é o Núcleo dos Estudantes Secundários Africanos de Moçambique (NESAM) que lutou contra as manifestações colonias. Movimento este que surgui no ano de 1949 na então Lourenço Marques. Para o alcance da independência os jovens também assumiram um papel importante, tendo estado envolvidos nas mais diversas manifestações contra a opresão colonial, alcançada a independência coube aos mesmos jovens o papel de erguer a nação aos mais diversos níveis, quer políticamente, economicamente, socialiamente e culturalmente.
A Juventude em Moçambique
O conceito Jovem está interligado aos contextos histórico, sócio-político e económico do país A passagem da infância para a vida adulta nem sempre é suave. É um período em que cada indivíduo passa por mudanças físicas, psicológicas e sociais, onde ocorrem também mudanças nos sentimentos e atitudes em relação a outras pessoas em geral. É neste período de crescimento onde se forma a identidade pessoal, onde o jovem precisa de fazer ajustamentos para vir a assumir, posteriormente, as responsabilidades que a sociedade lhe exigirá. 3 Grande parte da população moçambicana é constituída por jovens, segundo a política nacional da juventude define o jovem como todo indivíduo moçambicano dos 15 aos 35 anos de idade. O Recenseamento Geral da População de 2007 e as projecções mais recentes de crescimento da população indicam que mais de 45% da população moçambicana estimada em 20.336.795 tem menos de 15 anos, 33% situa-se na faixa entre 15 e 35 anos de idade, o que significa que a Juventude é o principal recurso do país.4
Cerca de 12% da população moçambicana tem Jovens dos 15 aos 35 anos reside nas zonas urbanas, enquanto que 21 nas rurais. A taxa de analfabetismo no grupo etário dos 15 aos 24 anos é de 30%, dos quais 51% do sexo feminino. O efectivo estudantil no ensino superior público e privado representa cerca de 100.000 estudantes, dos quais 72% em instituições públicas e 27.1% em privadas. 5
O Papel da Juventude no Desenvolvimento Económico na Cidade de Maputo (1987-2015)
Análise do conceito desenvolnimento
Antes de incidir no papel da juventude no desenvolvimento ecónomico da Cidade de Maputo, no período em análise, vou tentar trazer alguns aspectos relacionados ao conceito de desenvolvimento. Entendo por desenvolvimento um processo que esta em continuio andamento, visto que o mesmo não só foca-se num aspecto, como a económia, desenvolvimento humano, acesso a saúde entre outros aspectos. O conceito de desenvolvimento é um comceito ilusório, enraizado em tendências evolucionistas e preconceituosas, o conceito pressupõe que as sociedades e os estados podem ser agruoados numa escala de desensevolvimento. 6 Analisar o conceito de desenvolvimento de modo limitado, desenvolvimento no sentido convencional de cresimento económico, modernização institucional, industrialização, avanço tecnológico, comercialização e aracionalização da agricultura e modernização da economia e tentar escapar das dificuldades. 7 O dessenvolvimento para ser definido de melhor forma possível precisa incluir alguns dados na sua definição, como acesso universal a alimentação, ar e água sem poluentes, vestuário e abrigo com higene, aumento da base de recursos aos mesmo tempo que melhoram os resultados, auto-suficiência e uso benéfico do pontencial de cada localidade, região e nação na prespectiva de melhor utilização de recusrsos ecológicos, harmonia entre o indivíduo, a familía e asociedade. 8 Neste trabalho não vou analisar o desenvolvimento de uma forma profunda, e não olharei para os aspectos relacionados ao desenvolvimento acima referidos, mas acho pertinente trazer esta discussão para uma melhor precepção, a minha análise vai basear-se no asepecto económico do desenvolvimento e o papel da juventude nesse aspecto.
O Contributo da Juventude no Desenvolvimento Economico da Cidade de Maputo (1987-2015)
O século XX marcou uma virada importante na história do colonialismo em África, pois foi neste período onde muitos dos países africanos alcançaram suas independências, estas independências tiveram um grande apoio de movimentos nacionalistas, muitos deles constituidos por jovens. A independência de Moçambique alcançada em 1975, trouxe grandes desafios, políticos, económicos e socias, e a juventude teve um papel fundametal para ultrapassar esses constragimentos. Logo após a independência no ano de 1976 o então presidente da república Samora Moisés Machel proferiu um discurso na cidade Beira, sobre a juventude moçambicana. Neste discurso o presidente Machel falava dos males deixados pelo sistema colonial no meio urbano e no seio da Juventude, no qual e deixa uma crítica as práticas dos jovens.
Nas áreas urbanas, nas cidades e vilas, os padrões de vida colonial-capitalista são mais fortes. É precisamente a juventude urbana, seja trabalhador, funcionário público ou estudante, que é mais prejudicada pelos efeitos deletérios da ideologia decadente da borguesia. No nosso país, e particularmemte após a fundação da Frelimo, o imperialismo colonial está sempre tentando desviar os jovens das ideias e esperanças mais profundas do povo, e tentando isolar os jovens pela diversão, fizeram um grande esforço para difundir o entretenimento baseado na bebida, no uso de drogas, na promiscuidade e aberrção sexual era comum eram comuns. 9
A situação económica do país também passava por uma crise logo após a independência devido a sabotagens e a situação provocada pela guerra colonial. Com o fim do jugo colonial, o regime optou por um modelo económico de orientação socialista ou seja uma economia centralmente planificada, O estado afirmou-se como motor da economia e, no seu terceiro congresso, a Frelimo definiu formalmente uma orientação marxista-leninista. As directivas económicas e sociais do terceiro congresso salientavam que o desenvolvimento do sector Estatal iria constituir a base da formação de uma classe operária forte, que “deverá assumir um elevado nível de consciência de classe e de organização, de modo a desempenhar um crescente papel de direcção”. As unidades de produção abandonadas pelos anteriores proprietários foram nacionalizadas. De uma forma geral, as grandes machambas foram transformadas em empresas estatais e, as mais pequenas, em cooperativas. 10
Este período foi marcado pela guerra dos 16 anos, também pela ocorrência de alguns fenómenos naturais que atrasaram o desenvolvimento económico de Moçambique, o que consequentemente criou uma crise económica. Os anos de 1981 e 1982, foram os melhores anos após a independência, tendo registado um crecismento consideravel da economia. A estagnação da economia, o aumento da dívida externa, a guerra e destruição de infra-estruturas conduziram à derrocada do projecto socialista. Em 1984 inicia-se um novo período histórico, na sequência do IV Congresso do Partido Frelimo, do pedido de adesão de Moçambique ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e da implementação dos Programas de Acção Económica, durante os quais se desenharam as condições de transição para a economia de mercado. Os Planos de Reajustamento Estrutural adoptaram uma série de medidas como a desvalorização do metical, a liberalização dos preços e do comércio, a reunificação dos mercados paralelo e oficial, a redução de gastos públicos em subsídios ao consumo e às empresas estatais ou a diminuição dos investimentos e custos nas áreas da saúde e educação. 11 Assim em 1987 é introduzido o programa de reabilitação económica o (PRE), este programa marca o incío da introdução do modo de produção capitalista, e é neste contexto de liberalização do mercado, onde vou analisar a participação da juventude no desenvolvimento económico da cidade de Maputo.
Depoimentos dos Jovens quanto ao seu papel no desenvolvimento económico da cidade de Maputo
Durante as pesquisas sobre o papel da juventude no desenvolvimento económico na cidade de Maputo, tive a oportunidade de entrevistar jovens de diferentes gerações, e diferentes idades com isso foi possível encontrar algumas similaridades e diferenças entre as gerações. Estes jovens estiveram envolvidos em diferentes processos histórico de Moçambique, e possuem também diferentes percursos, as minhas primeiras entrevistas foram com pessoas que nasceram no período colonial, entre os anos 1948 a 1966. Esta primeira geração de jovens viveu o período de transição do colonialismo para a independência, da economia centralmente planificada a economia do mercado, entre outros processos que tiveram impacto na sociedade moçambicana, sentiram os efeitos destas mudanças. Na sua analise sobre a sua juventude encontrei vários pontos de convergência, um dos pontos a salientar é em relação ao respeito.
Bem o ser jovem ideal naquela altura era respeitar os mais velhos primeira coisa. Quando digo respeitar os mais velhos estou a dizer que cresci numa ambiente em que respeitavam o mais velho independentemente de ser ou não da minha família. 12
Um dos principais aspectos considerados pelos meus entrevistados é que todo o jovens deve ser respeitoso, é uma caracteristica fundamental para se considerado um jovem ideal, como explica o senhor Manuel Paulino Chipepo:
um jovem ideal é aquele, que nascesse num lar honesto, onde havia regras de comportamento, obedecesse os pais, hoje em dia a muita falta de reponsabilidade dos pais, perderam o comando sobre os filhos. 13
É interessante este posicionamento pois os jovens são o garante do futuro, e garantir esse objectivo implica ter respeito pelo passado, responabilidade perante a sociedade e as instituições do estado e isto era incutido nos jovens desta primeira geração. Em relação a participação da juventude no desenvolvimento económico, os jovens tiveram um papel relevante conforme e explicam nas suas entrevistas, são todos unânimes em afrimar que a juventude desempenha um papel fundamental na vida económica. Conforme pode ver-se nas palavras do Senhor David Cossa:
É óbvio, óbvio, e em diferentes cenários de análise de comportamento das pirâmides sobre a população, percebemos que às pirâmides quando elas apresentam uma população jovem e equilibradamente aproveitada essa população se esta Juventude ser muito bem encaminhado vai estimular o desenvolvimento económico de um país. Agora é o que está a acontecer é que a boa parte da camada juvenil não está tendo um devido aproveitamento uma inserção devida por razões que também são sobejamente conhecidas por nós. Temos a número reduzidos de unidades de ensino número reduzido de unidades hospitalares temos número reduzidos de unidades de manutenção da lei ou ordem. Àquilo que é para regular as ações sociais do Estado está em número reduzido automaticamente. Não temos uma Juventude potencialmente preparada para educação, não temos uma Juventude potencialmente é saudável, não temos uma educação a socialmente também orientada e matérias a da educação ética. 14
Ainda sobre o papel da juventude no desenvolvimento económico da cidade de Maputo, há um depoimento muito interessante do senhor Rafael Chongo, que foca um pouco sobre os problemas enfrentados pela juventude durante o processo de transição do colonialismo para independência:
A frelimo quando proclamou a independência, tivemos muitas dificuldades em termos de trabalho, para os jovens, e não só a vida era difícil, não havia comida porque quando os colonos foram quase que houve grande mudanças isto para dizer que passamos mal porquê houve o Pre (programa de reabilitação económica) então a vida era difícil, razão pela qual essa altura o presidente Samora até mandou pessoas que não tinham ocupação para o Niassa, para fazer um trabalho porquê havia muita gente desempregada 15
Este trecho da para entender que os jovens desde os primeiros anos da independência, enfrentaram grandes dificuldades no que respeita ao emprego e consequentemente o seu contributo em termos económicos, apesar desses desafios os jovens conseguiram dar o seu contributo. São estes aspectos que considero interessante nos jovens, as dificuldades sempre existem, mas o espirito da juventude supera qualquer uma dessas adiversidades, existe uma frase muito usada em Moçambique, a Juventude é a Seiva da Nação frase esta do primeiro presidente de Moçambique. Os jovens contribuiram e contribuem para o desenvolvimento económico da cidade de Maputo, durante as entrevistas cada um deixou seu parecer sobre seu papel no desenvolvimento económico, como se pode ver nos trechos a seguir:
Penso que sim porque eu como todo indivíduo que trabalha, eu pagava imposto e para além ponto de fazer transporte de mercadorias transporte portanto de passageiros para que a gente sabe que todo indivíduo que viaja viajam para alguma por algum interesse, ora em negócio ora isto é aquilo, então pronto penso que desenvolveu de certa forma. 16.
O sector dos transportes desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de qualquer economia, e na cidade de Maputo uma cidade costeira e portuária, este sector e de vital importância para o desenvolvimento económico da cidade de Maputo. Um trabalho importante para a económia conforme atesta o senhor Manuel Paulino Chipepo:
por mim como estava na área de manutenção acho que meu trabalho contribuiu para o desenvolvimento económico da cidade de Maputo, porque o meu trabalho era manter os meios seguros, os comboios faziam grandes precursos e não havia descarilamento, o sector dos transporte e muito importante e de grande responsabilidade, não havia muito estimulo, mas o meu trabalho foi util nos caminhos de ferro, não só, mas socialmente também. 17
O contributo da juventude no desenvolvimento económico na cidade Maputo, não resume-se somente na sua participação no sector dos transportes, em outras áreas é possível verificar essa participação, como mostra o trecho a seguir. Permitam nos dizer. Julgamos que sim. É algo fizemos para a impulsionar o desenvolvimento económico do local onde estamos, dá Comunidade onde estamos, a cidade onde estamos por além diante, como se explica isso. Eu começo a trabalhar é, por exemplo, eu estava a viver numa casa pau a pique. Vivia numa casa pau a pique, mas pela renda do emprego que tive. Tenho agora uma casa que se mostra que é está na situação aceitável, então pelo menos já no é pau a pic, e quero acrediar de algum modo, a implantação dessa casa, alguns setores da economia contribui. Mexeu com alguns setores da. Estas ações, a minha ação e de outros. Quando vamos a balança comercial reflete alguma coisa na economia. É um contributo e um contributo. Quando a gente diz que o índice de analfabetismo àquilo que eu estaria seria o meu contributo direto. Quando proclamamos a Independência estava na escala de 93%. E hoje contributo meu e outros colegas do setor da educação a conseguiram a reduzir a de forma considerável, para não dizer significativa, para uma ordem de 30/40 por cento 30 e tal para 45% andam aee. Estamos a dizer que a. isto, estas indivíduos cerca de 30 anos de trabalho àqueles que agora são meus colegas a de trabalho estão formados, não são apenas colegas, mas também estão formados. Se já aqueles que eu os encontro em que terem sido meus alunos e que estão formados no sector da educação, há aqueles que estão nos diferentes sectores económicos da atividade de atividade do país e económica. Não é por ali que algo é , de bom ou de importante de rentável.Trazem para a dinâmica económica do país, tão podia ir por aqui, dizer que não alguma coisa temos feito e mas há mais 2 que são meus descendentes a. Tenho um a dos 3 filhos a mais velha, já fez um nível superior àquela que segue a mais velha está no ensino superior. Tenho um outro que está no nível médio dos seus cerca de 17 anos, então a. Isso já é uma contribuição indireta, mas acho que para quem está no nível médio, quem está no nível superior no e quem já fez um nível de superior é de algum modo, meu papel social, o meu papel e económico como funcionário trabalhador estou a exercer e impulsiona de algum modo as dinâmicas, sócio económicas, culturais. Que o país se dispõe para levar a cabo em nome de um cidadão. Que eventualmente esteja a tentar a. Contribuir com seu menor esforço para o desenvolvimento do seu país. 18
Ainda sobre a participação da juventude no desenvolvimento económico da cidade de Maputo, foi nos dado o seguinte depoimento:
efectivamente contribui, porque quando a frelimo chegou as cadeias estavam lotadas, e era necessário criar brigadas, para fazer julgamento para tentar diminuir as pessoas que eventualmente estava presas, mas porque outro robou uma galinha, porque deu uma bofetada, porque outro não tem uma acusação e nem processo, portanto trabalhamos para flexibilizar os processos. Olha eu já estou aposentado a 16 anos mas já fui contratado duas para capacitar alguns profissionais da justiça.19
Tanto no sector dos transportes, educação entre outros sectores o papel da juventude foi fundamental para o desenvolvimento económico da cidade de Maputo, pois estes constituiem a força vital de qualquer sociedade, nos meus entrevistados não só incluí jovens de uma geração passada, mas também jovens que estão na flor da idade, e optei por entrevistar jovens do sexo femenino, queria perceber qual é o seu contributo no desenvolvimento económico na cidade de Maputo. Essas jovens são da década 90, tem uum percurso de vida interessante. Sobre a juventude os discursos são diferentes, o que não acontece com os outros jovens de outras épocas, por exemplo para a entrevistada Misnia Vilankulos:
ser jovem para mi é estar na fase juvenil após a adolescência depois dos 14 anos para mim, dos 14 aos 35 anos são jovens, tal como agora tenho 24 anos me considero jovem por isso. [20. Entrevista a Mísnia Vilankulos, 03 de Agosto de 2021.]
Por outro lado a entrevistada Ana Chongo tem um ponto de vista relativamente diferente:
falar da juventude actualmente é falar de jovens visonários, jovens sonhadores, jovens com prespectiva de vida, jovens com ambição, joven revolucionários que querem ver o pais desenvolvido a vários níveis, não só na vertente individual como jovem, estamos a falar do acesso ao emprego, a juventude actual deseja coisas enfermas, momentaneas, se for a olharmos para os nossos pais eles respeitaram o processo. 20
Estas jovens divergem um pouco na sua análise do que é ser jovem, mas são igualmente unanimes a reconhcer que a juventude actual, enfrenta muito mais problemas que os jovens da geração passada, nas suas palavras dizem que os desafios actuais obrigam muita criatividade por parte dos jovens. Em relação a sua participação no desenvolvimento económico vimos que as jovens participam activamente no processo, sendo os seus relatos a prova:
sim claramente tem contribuido atravês do proprio auto-emprego, nos sabemos que tento seu proprio posto de trabalho, prontos não diriamos que contribuem activamente não tem se cobrado impostos a essa camada juvenil, por uma simples razão, são pessoas que são vendedores ambulantes na sua maioria, ou praticam comério informal, penso que o governo não esta em condição de cobrar impostos a essas pesssoas olhando para todas as esferas de trabalho de certa forma os jovens acabam contribuindo. …Na minha actividade como emprendedora penso que não contribui porque ainda não registei a meu nome, também para registar meu nome tenho que seguir um conjunto de procedimentos, isto acarreta custos, mas assim que for a registar a minha marca passarei automatimaticamente, agora no trabalho formal isso é inevitável pois pago impostos. 21
Outro depoimento sobre a participação da juventude no desenvolvimento da cidade de Maputo, nos é dado da seguinte forma, muito, muito mesmo, de várias formas uma delas digo para as pessoas que são independentes, fazem negócios independentes diariamente pagam um certo valor que contribui, depois da recolha é entregue ao local do conselho municipal que eles fazem o devido procedimento, e depois aquilo ajuda na melhoria de mercados, estradas e transportes, só os que fazem dessa forama contribuem, imagina os que tem um emprego formal. 22
E desta forma que a juventude dá o seu contributo no desenvolvimento económico da cidade de Maputo, é certo que essas entrevistas não abragem toda a camada jovem, é uma parte muito infima de uma análise da participação da juventude nos processos económicos.
Conclusão
O desenvolvimento económico é um aspecto bastante fundamental na sociedade, e este só é alcançado quando existem políticas muito claras e objectivas em relação ao desenvolvimento, em Moçambique o fraco desenvolvimento económico afecta sobretudo a camada mais jovem, é esta camada que é considerada a seiva da nação que mais sofre.
Comtudo deste os primeiros anos da independência os jovens foram os que tomaram as redias do nosso país, assumindo os desafios que existiam na epóca, houve grandes dificuldades desde a transição política, e introdução do novo sistema económico. Os jovens conforme consegui verificar que apesar de tantas dificuldades que enfretaram conseguiram dar o seu contributo no desenvolvimento económico na cidada de Maputo, de várias formas conforme foi indicado no trabalho.
E possível dizer que a juventude desepenhou e ainda desempenha um papel fundamental rumo ao desenvolvimento económico da cidade de Maputo, a sua participação e visível no dia a dia da cidade de Maputo, grande número da massa laboral urbana é constituida por jovens, quer no sector formal, assim como no sector informal.
Olhando estes aspectos conclui-se que a juventude desempenha um grande papel na dinâmica da economia da cidade de Maputo, desde o periódo de 1987-2015 que é o espaço temporal por mim analisado.
Referências Bilbiograficas
- FEIJO, João. Emprego e transformação social em Moçambique. Mudam-se os tempos, mudam-se os modos de pensar (Des) Continuidades nas reflexões sobre o trabalho e Moçambique. Maputo, 2017
- HEDGES et al. História de Moçambique: Moçambique no auge do colonialismo 1930-1962. Departamento de História UEM, Maputo
- MACHEL, Samora Moisés. Cidade da Beira 15 de Dezembro de 1976, Estudo da Juventude moçambicana
- Mosca, J. (2002). Encruzilhadas de África – ênfase para os PALOP. Lisboa: Instituto Piaget
- Política Nacional da Juventude. Maputo, Fevereiro 2012
- YUSSUF, Adams. Escapar aos dende do crocodilo e cair na boca do leopardo. Trajectória de Moçambique no período pós colonial (1975-1990). Maputo, 2006. P 108
Entrevistas
- Entrevista a Ana Chongo, 21 de Julho de 2021
- Entrevista ao Senhor Daúde Abibo, 08 de Julho de 2021
- Entrevista ao Senhor David Cossa, 09 de Julho de 2021
- Entrevista ao Senhor Manuel Paulino Chipepo, 07 de Julho de 2021
- Entrevista a Senhora Mínia Vilankulos, 08 de Agosto de 2021
- Entrevista ao Senhor Rafael Chongo, 12 de Agosto de 2021
- artigo 123, nº 1 ↩
- HEDGES et al. História de Moçambique: Moçambique no auge do colonialismo 1930-1962. Departamento de História UEM, Maputo ↩
- Política da Juventude. Maputo, Fevereiro 2012 ↩
- Ibid, p 6-7 ↩
- Política nacional da Juventude, p 7 ↩
- YUSSUF, Adams. Escapar aos dende do crocodilo e cair na boca do leopardo. Trajectória de Moçambique no período pós colonial (1975-1990). Maputo, 2006, p. 108. ↩
- Ibid. ↩
- Ibid. ↩
- MACHEL, Samora Moisés. Cidade da Beira 15 de Dezembro de 1976, Estudo da Juventude moçambicana. ↩
- FEIJO, João. Emprego e transformação social em Moçambique. Mudam-se os tempos, mudam-se os modos de pensar (Des) Continuidades nas reflexões sobre o trabalho e Moçambique. Maputo, 2017. ↩
- Mosca, J. (2002). Encruzilhadas de África – ênfase para os PALOP. Lisboa: Instituto Piaget. ↩
- Entrevista ao Senhor Daúde Abibo, 08 de Julho de 2021, Maputo. ↩
- Entrevista ao Senhor Manuel Paulino Chipepo, 07 de Julho de 2021, Maputo. ↩
- Entrevista ao Senhor David Cossa, 09 de Julho de 2021. ↩
- Entrevista ao Senhor Rafael Chongo, 12 de Agosto de 2021. ↩
- Entrevista ao Senhor Daúde Abibo ↩
- Entrevista ao Senhor Manuel Paulino Chipepo ↩
- Entreveista ao Senhor David Cossa ↩
- Entrevista ao Senhor Rafael Chongo, 12 de Agosto de 2021 ↩
- Entrevista com a Ana Chongo, 21 de Julho de 2021. ↩
- Entrevista Ana Chongo. ↩
- Entrevista a Mínia Vilankulos. ↩